quinta-feira, 8 de outubro de 2009

4 anos


É um bom motivo para voltar a este espaço abandonado...

Sem vontade de escrever...aqui fica o registo de parabéns a nós !

Volto com mais de muito mais...

Até já.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mãe galinha?

Às vezes...
Sempre achei que não, que eu não era...mas afinal o que é ser mãe galinha?

Outras vezes penso nele, enquanto está no colégio.
Penso que está a caír das escadas, que o empurram e vai magoar-se, que chora e não o ouvem...
Quando está com a avó, com as tias, com o pai, penso que vai atravessar a estrada sem mão dada e corre, e,e,e,e,e,e...Não era assim, não não era, eu não era assim...
Quando passo pela escola primária dá-me um arrepio, daqui a 2 ou 3 anos já está lá...

Ontem, como no ano passado a Educadora pediu uma mochila com uma toalha, chinelos, calções de banho e protector. Mais um arrepio... água...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Troca

Depois de várias tentativas de várias formas, depois do seu primeiro desgosto de amor quando ela desapareceu por instantes, eis que lhe propus um negócio:

Filho: O que é um negócio mãe?
Eu: É uma troca filho, a mãe e o pai dão-te o que tu escolheres e tu dás a chupeta à mãe e ao pai, entendes?
Filho: Sim, entendo. Eu quero uma pista igual à do primo, enorme.
Mãe: Está bem, manhã vamos comprar, boa ? Mas depois tens que dar a chupeta à mãe, ok ?
Filho: Ó mãe, parece que não gosto deste "negópio", compras a pista e a chupeta fica comigo, está bem?

Ontem em conversa com uma amiga, diz-me ela:
"Olha lá, se quisesses mesmo ele já não tinha chupeta, tu não queres é que ele deixe de ser bebé, mas olha que já tem três anos e meio, preciso de te lembrar o que a chupeta faz aos dentes, à dicção...? Hum ?"

Respirei fundo, "tens razão pá, pronto"

Agora um pedido aos milhares que por aqui passam, por favor digam-me lá como fizeram para a chupeta dos vossos bebés desaparecer da vista e do coração ?

terça-feira, 30 de junho de 2009

Queda (s)

Hoje caí duas vezes e magoei o mesmo joelho em dois lados diferentes.
Eu tropeço com alguma frequência, mas caír não me acontecia já a algum tempo...
Logo pela manhã, escorreguei e aterrei no chão com o joelho.
Na hora de almoço (novamente naqueles paralelos novos branquinhos e brilhantes), vinha eu a pensar que me estava a doer o joelho da queda da manhã "epá secalhar tenho que esfregar mais um bocadinho as sandálias no chão, elas já não são assim novinhas mas fizeram-me escorregar de manhã", entretanto eis que aparece uma inclinação e ... outra vez com o joelho no chão !

No meio das duas marcas das quedas de hoje está a minha cicatriz que ainda ontem mostrei orgulhosamente ao meu filho, foi a marca que fiz (entre várias) quando aprendi a andar de bicicleta, num dos dias mais felizes da minha vida...

Ele há coisas !

quarta-feira, 24 de junho de 2009

vários

- A minha irmã está neste momento no bloco operatório. Tem um quisto no maxilar. Rio-me e faço rir os outros, estou a ficar com palpitações e suores frios, mas estou bem, claro...

- O J. Miguel está numa fase que até agora desconhecia, possessivo, teimoso, resmungão, birrento.
Está crescido, um rapazinho.
Conversa muito, já tem um vocabulário fantástico.
É preguiçoso para comer, talvez porque sabe que o comer lhe vai parar à boca...
Não gosta de desenhar, muito menos de pintar os desenhos já feitos, fica frustrado se sai do risco. Distrai-se com muita facilidade, a Educadora diz que anda sempre no mundo da lua (será genético? eu sou igual), que tem trabalhos atrasados e incompletos porque se distrai muito.
A festa de fim de ano do infantário foi no sábado passado. Antes das cortinas se abrirem pensei "vai começar a chorar, vai ter medo, vai...vai..." nada disso. Esteve confiante, sabia todas as coreografias e as letras, muito seguro de si.

- Estamos a precisar de férias.

- Tenho que comprar o bilhete para o super bock super rock , The Killers aqui vou eu !

- Vêm aí coisas boas !!! Finalmente vou colher os frutos de 5 anos de trabalho a sair-me do corpo...
...um emprego merecido .

- O grilo morreu (esquecemo-nos de lhe dar comida durante dois dias) perguntou-me se foi para o céu, para o pé do cão da avó...

domingo, 7 de junho de 2009

Eu já fui


votar !

Todos deveríamos ir...

Não consigo imaginar-me sem direito ao voto...

Não consigo entender quem diz que não vai, não quer, não quer saber...

sábado, 23 de maio de 2009

Coincidência

(ainda no seguimento do post anterior)

Hoje a minha mãe deu um grilo ao J. Miguel.
Explicou-lhe que tem que lhe dar comida e limpar a gaiola.
Ficou feliz. Levou-o a conhecer a casa, mostrou-lhe os brinquedos, conversou com ele e queria levá-lo a dormir a sesta também.

Perguntei-lhe que nome queria dar ao grilo. Ao que ele me respondeu sem hesitações "mano".

Estamos portanto, mãe e filho em sintonia. Dois contra um, certo?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

32

anos hoje.
Parabéns a mim !!!

sábado, 9 de maio de 2009

Energia

Sempre disse que não gostava de ginásios.
Mas preciso rapidamente de frequentar um.
Qualquer coisa que me faça transpirar e expulsar esta energia toda.
Estou capaz de segurar a terra com um só dedo.

Também sempre disse que não gostava de sopa de feijão verde e agora adoro...

Dia da mãe

Ele trouxe-me uma flor de papel num vaso com terra. No centro da flor está uma fotografia dele. Recitou também uma poesia "com três letrinhas apenas se escreve a palavra mãe, é das palavras pequenas a maior que o mundo tem"
No dia a seguir a educadora ligou-me "ontem esqueci-me de dizer como o J.Miguel descreveu a mãe depois de a desenhar, achei muito engraçado" ... "a minha mãe é bonita, dá-me beijinhos e abraços apertados, dá-me água, a minha mãe é fantástica"

Mãe

A minha mãe é pai e mãe.
Criou duas filhas praticamente sozinha. Deu-nos bem estar. Emocional, financeiro. Transmitiu-nos os melhores valores que um ser humano pode ter. Ensinou-nos a nunca desistir. A dar sempre os "bons dias" a toda a gente. Protegeu-nos.
A minha mãe é uma lutadora. Às vezes olhava para ela e vi-a como uma guerreira, daquelas da parte da frente da batalha. Não me lembro de a ver queixar-se. Teve uma infância complicada. É a mais nova de quatro irmãos. O pai dela morreu quando tinha 2 anos. A minha avó viu-se obrigada a trabalhar dia e noite. Foram os irmãos mais velhos que trataram da minha mãe. A minha avó conseguiu que ela fosse para um colégio. Foi a única dos quatro que teve "direito" a uma educação diferente. Saíu do colégio e começou logo a trabalhar. Casou aos 25 anos. "Apaixonei-me pelos olhos verdes do teu pai". Nunca foi feliz.
"A única coisa boa que ele me deu foram as minhas duas filhas"
Ela foi pai e mãe.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pergunta




Onde estão os Capitães de 2009 ?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Baleia/Sereia

Há uns dias, numa cidade de França, um cartaz, com uma jovem espectacular, na montra de um ginásio, dizia:"ESTE VERÃO, QUERES SER SEREIA OU BALEIA?"

Dizem que uma mulher jovem-madura, cujas características físicas não interessam, respondeu à pergunta publicitária nestes termos:

"Estimados Senhores:
As baleias estão sempre rodeadas de amigos (golfinhos, leões-marinhos, humanos curiosos). Têm uma vida sexual muito activa, engravidam e têm baleiazinhas ternurentas, às quais amamentam.
Divertem-se à brava com os golfinhos, enchendo a barriga de camarões. Brincam e nadam, sulcando os mares, conhecendo lugares tão maravilhosos como a Patagónia, o mar de Barens ou os recifes de coral da Polinésia.
As baleias cantam muito bem e até gravam CD's. São impressionantes e practicamente não têm outros predadores além dos humanos. São queridas, defendidas e admiradas por quase toda a gente.

As sereias não existem. E, se existissem, fariam fila nas consultas dos psicanalistas, porque teríam um grave problema de personalidade,
"mulher ou peixe?".
Não têm vida sexual, porque matam os homens que delas se aproximam, além disso, por onde? Por isso, também não têm filhos. São bonitas, é verdade, mas solitárias e tristes. Além disso, quem quereria aproximar-se de uma rapariga que cheira a peixaria?
Para mim está claro, quero ser baleia.

P.S.: Nesta época em que os meios de comunicação nos metem na cabeça a ideia de que apenas as magras são bonitas, prefiro disfrutar de um gelado com os meus filhos, de um bom jantar com um homem que me faça vibrar, de um café e bolos com os meus amigos.

Com o tempo ganhamos peso, porque ao acumular tanta informação na cabeça, quando já não cabe, espalha-se pelo resto do corpo, por isso não estamos gordas, somos tremendamente cultas. A partir de hoje, quando vir o meu rabo no espelhos, pensarei, Meu Deus, que inteligente que sou..."

quarta-feira, 22 de abril de 2009

às pintas vermelhas

E eis que a varicela chegou, felizmente não são muitas borbulhas...
Estamos em casa.
Entretanto soube que eu ainda não tive varicela...

Medo....

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Igualdade de género

- "Sabes filho, és o amor da minha vida!"

- "Ó mãe e tu és a minha amora" (leia-se amora como a fruta lol)

- "Não filho, eu também sou o teu amor"

- "Mas mãe, tu és menina! Percebes?"

sexta-feira, 10 de abril de 2009

cangarejo

Ontem à noite, já na cama e nós na sala a ouvi-lo pelo intercomunicador...

"Cangarejo"
"Cangarejo"
"Cangarejo"
"Cangarejo"
"Cangarejo"

"Caranguejo. Consegui!"

... e adormeceu.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Medo

de morrer. Sempre tive, é verdade. Mas agora penso muito mais nisso. E sempre foi assim, levo os meus medos para os sonhos. Transpiro, grito, acordo. Os sonhos também já me deram respostas. Sei que há um nome "especial" para pessoas assim. Sei que eu sou "especial" e agora que sei disso, já não há volta a dar. Tenho premonições, intuições e pressentimentos, tenho sonhos que acontecem dias depois. Mas esta noite foi realmente assustadora. Sentei-me na cama e chamei pelo meu marido, gritei por ajuda e dizia para ele me acordar, não sentia a perna direita, estava dormente. Senti pânico, não sei explicar. E quando lhe pedia para me acordar ouvia-o dizer "mas tu estás acordada", diz ele que lhe agarrei na mão com tanta força que foi aí que ele se assustou. Finalmente apercebi-me onde estava e deitei-me, adormeci.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Negócio

Resumo: GOVERNO + BANCOS = COMPADRES

Desempregados começam a devolver a redução na prestação da casa em 2011

19.03.2009 - 08h48 Rosa Soares, :, Nuno Simas - Público online

"À semelhança dos governos de outros países, incluindo Espanha, o primeiro-ministro anunciou ontem, no debate quinzenal no Parlamento, a possibilidade de as famílias com crédito à habitação e com elementos desempregados poderem reduzir a prestação da casa em 50 por cento.

A medida, objecto de contrato com os bancos, mas ainda não definida em detalhe, não implica perdão dos restantes 50 por cento da prestação, mas o seu pagamento posterior, com uma taxa de juro bonificada, ou seja, inferior em 50 pontos base ou meio ponto percentual em relação à taxa Euribor em vigor na altura.

Está em causa um adiamento do valor da prestação, que começará a ser pago a partir de Janeiro de 2011 e por um prazo que, segundo informação do Ministério das Finanças, poderá ser igual ao restante empréstimo. Regulamentar a medida e definir detalhes com a banca vai demorar algum tempo, pelo que as famílias que venham a aderir poderão beneficiar de um ano e meio de reduções ou pouco mais.

O PÚBLICO apurou que a medida em Espanha está a ter um adesão muitíssimo reduzida, em boa parte pelo aumento de encargos que as famílias têm de suportar posteriormente, e porque nada lhes garanta que ao fim dessa "moratória", como lhe chamou o primeiro-ministro, a situação de desemprego dos elementos do agregado familiar tenha mudado. Sócrates anunciou ainda o reforço no crédito bonificado para famílias com desempregados."

segunda-feira, 16 de março de 2009

26 graus

É a temperatura prevista para estes lados. Cheira a primavera e a verão. Gosto. Traz-me alegria. De viver.

Hoje comecei o dia às 6.00h da madrugada.

"Mãe, pai, fiz xixi nas cuecas, e no pijama e na cama, aiiiiiiiiiiiiiii, mãe pai !"

Estava em pânico, muito atrapalhado, foi a primeira vez que isto lhe aconteceu.

"Então filho o que se passa?" perguntei

"Pensava que estava na sanita a fazer xixi e depois acordei, enganei-me."

Olhei para o pai, tivémos que nos controlar, não fosse o rapaz pensar que o estávamos a gozar, mas deu-me cá uma vontade de rir...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Ora bem,

vamos cá fazer um ponto de situação.
Esta pausa tem que se lhe diga. Aconteceu muuuuuita coisa. Comigo, connosco.
Estiquei a corda, estiquei, estiquei. O resultado foi uma cama de hospital durante quatro dias.
Mas, desde o inicio: sentia-me cada vez mais cansada e pensava "epá devo estar com uma anemia (outra vez), mas esta é mesmo a valer, já não tenho força para pegar no meu filho ao colo? Epá, isto está feio...amanhã marco uma consulta"
Amanhã, só amanhã. Hoje tenho que trabalhar, estudar, arrumar, ouvir, resolver, ajudar. Amanhã penso em mim.
Os batimentos cardiacos acelarados, cansaço extremo, uma palidez que lembrava cor de morte, dores de estômago.
Lá vou eu às urgências que hoje até me custa respirar.
Até a Sr.ª Enfermeira na triagem se assustou "entre lá, vai ser vista imediatamente pelo médico", "arre diabo que isto é grave" pensei.
Depois de análises vem a resposta pelo cirurgião de serviço "olha estás com uma anemia tão grave que nem sei como conseguiste chegar cá" e eu "ó Dr. vim de carro, não custou muito", " ahhhh assim dá gosto ver os doentes, quase a morrer e ainda têm sentidio de humor, tão linda esta rapariga". Foi a primeira vez que vi este médico e ele a mim, tratou-me como se fosse filha dele, memorável sem dúvida.
"Quase a morrer? Epá, isto é mesmo grave...nãaaa não há-de ser assim tão grave" pensei.
"Vamos ver se estás a perder sangue, por isso é que me chamaram" "Perder sangue, não não estou, que eu saiba não"
Fiz todo o tipo de exames, rx, análises.
Já a noite ia avançada, o marido tinha ido para casa. Eu estava ali num corredor, numa maca, à espera, com os meus pensamentos.
Vi pessoas chegarem de um acidente, vi sangue, vi um homem quase a ter um enfarte e a ser prontamente assistido, vi falta de saúde, vi muitas idosas e alguns idosos, vi pneumonias, vi lágrimas e senti lágrimas a escorrerem-me pelas bochechas "como seria se tivesse que ficar internada? E que dizer ao meu menino? Ele não pode vir ver-me pois não?" Mil pensamentos, mil desgraças, mil preocupações.
Levei duas transfusões de sangue e emocionei-me. Sou dadora de sangue, mas nunca pensei que um dia pudesse precisar também......
Faltava fazer uma endoscopia. Tinha que ficar internada.

Posso dizer que fui muito bem acompanhada, acarinhada e tratada. Por todos.
Fizeram o favor de improvisarem uma sala de visitas, para que o J. Miguel me pudesse ver. Estava sempre a familia toda, muitos telefonemas, muito carinho.
Andava numa cadeira de rodas, estava tão tonta que mal punha um pézinho no chão deixava de o sentir, era o melhor para ele, sentava-o ao colo e o pai empurrava-nos. Achava que o meu dó dói era na mão (onde estava o cateter, para entrada do soro e da medicação) e perguntava-me porque estava de pijama e chinelos, eu explicava e ele entendia. O meu menino, tão crescido.
Lá fiz a endoscopia (ainda bem que aquilo foi rápido, mas parece uma eternidade, foi muito custoso), e eis que decubro que tenho uma úlcera no duodeno a sangrar.
"Ahhhhh por isso é que tenho anemia???? Dahhhhh
Mas, espera lá. Eu até tenho uma alimentação equilibrada, já não fumo, não bebo. Não entendo..."

Bem, o médico explicou que possivelmente já a tenho há algum tempo, mas talvez em situações de stress, emoções fortes, etc. ela se "manifeste".

"Ok. Posso ir embora agora? Vai dar-me alta?"

"Sim. Vai fazer tratamento e repete a endoscopia daqui a um mês"

E pronto, agora tenho que abrandar o ritmo. Pensar um pouco mais em mim. E perder esta mania que tenho que resolver tudo sozinha, os meus e os problemas dos outros. Ok?

E como não acredito em coincidências e na minha vida tudo mas tudo tem um timing certo, estes últimos dias serviram para pensar na vida, na minha, na dos dois e na dos três. Na nossa familia, que é o melhor que tenho.
Ele (o marido) foi o que se "assustou" mais, ficou tudo bem.
Está tudo bem.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Asas

Tenho medo de voar.
Tenho medo de não voar.

Crise dos 7 anos ? Isso existe mesmo ???
Ainda bem que dia 10 de Março já são 8 anos...
Porra ! Não sei lidar com gente amuada que nem sequer faz um esforço para dialogar !
E eu.....logo eu, que não consigo suportar o silêncio !
Muito menos entre nós !

Que faça qualquer coisa ! Eu já não tento mais !

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sol

Finalmente !!!!!!!!!!!!!
Obrigada !!!

Obrigada também pelas opiniões positivas em relação às mudanças no aspecto deste espaço !

E agora....vamos lá continuar com as limpezas, abrir janelas, levantar persianas e deixar entrar mais um dia !

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Limpezas

de Primavera.
Vou estar em limpezas e arrumações cá em casa esta semana.
Só queria era que o sol se lembrasse de aparecer por estas bandas, que se esquecesse que era Inverno e que nos prendasse com dias quentes que fazem lembrar a Primavera, para ficar bem com as limpezas, as janelas abertas e os tapetes e cortinados a secar.

Por falar em mudanças, acho que estas cores meio mortas deste blog já me estão a enjoar.
Bora lá fazer experiências.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Eu já

Realmente estes "exercicios" são demais, são também contagiantes !
A seguir às "16 coisas sobre mim", aqui vai este (já não sei onde o vi).

Eu já fui tia. Ele tem 6 anos e ela 4.
Eu já fui mãe, há 3 anos.
Eu já comecei a escrever um livro.
Eu já chorei de alegria.
Eu já comi 15 sardinhas seguidas.
Eu já vi o nascer do sol várias vezes, sem ainda não ter dormido.
Eu já fui trabalhar com uma directa.
Eu já escrevi postais anónimos no dia de são Valentim.
Eu já participei em manifestações, sentámo-nos na estrada, cortámos o trânsito, tiraram-nos à força. Lembram-se da PGA (prova geral de acesso)? Pois, eu andava no 7º ou 8º ano para aí, mas protestei na mesma. Outra foi porque a escola não tinha aquecimento. Eu representava a Associação de Estudantes.
Eu já ri até me doer tanto a barriga e as bochechas.
Eu já fiz passagens de modelos.
Eu já namorei com um soldado durante a sua missão na Bósnia.
Eu já fui traída.
Eu já terminei um namoro.
Eu já recebi flores sem estar à espera.
Eu já chorei pelo meu primeiro amor.
Eu já apareci num jornal (regional).
Eu já tive leite nas mamas durante 8 meses. Já conheço a sensação de dar de mamar.
Eu já me ri tanto que fiz xixi nas cuecas.
Eu já fiz dieta.
Eu já fotografei um casamento de gente conhecida da música.
Eu já desfilei com roupa de um estilista conhecido (na altura ainda não era).
Eu já almocei (a trabalho) com um actor conhecido português.
Eu já fui fumadora.
Eu já fui amada sem o amar.
Eu já amei sem ser amada.
Eu já fumei 2 ou três vezes daquelas coisas que fazem rir.
Eu já menti.
Eu já entrei em casa às escondidas, na adolescência.
Eu já dancei até às 6.00h. E já fui a última a sair da pista.
Eu já fui apanhada pela GNR, num sítio (supostamente) incógnito. Estava no carro a fazer amor com (na altura namorado) o meu marido.
Eu já andei de avião algumas vezes.
Eu já enjoei a andar de carro ou de autocarro.
Eu já chorei (um milhão de vezes) a ouvir uma música especial.
Eu já pensei em emigrar.
Eu já sou dadora de sangue.
Eu já pensei em divórcio.
Eu já sonhei mais.
Eu já fiz campismo com um grupo de amigas, aos 16 anos (e nos 3 anos seguintes). Foi fantástico.
Eu já fiz campismo com a família também.
Eu já ajudei a apagar um incêndio numa mata junto a uma rua habitada.
Eu já discuti com professores.
Eu já organizei uma festa surpresa para uma amiga.
Eu já fui tímida, complexada e insegura.
Eu já conheci uma pessoa sem escrúpulos, capaz de fazer mal à própria mãe e que um dia teve a coragem de me dizer “você é paga para trabalhar e não para pensar”.
Eu já lisonjeei mais os outros que a mim própria.
Eu já acredito em reencarnação.
Eu já aprendi que vale a pena mudar.
Eu já aprendi que não podemos mudar os outros se eles próprios não tentarem primeiro mudar-se.
Eu já aprendi a estar comigo própria, sem ter medo de estar só.
Eu já fui boa, média e má aluna.
Eu já fiz voluntariado.
Eu já recebi cartas de amor de alguns admiradores secretos.
Eu já tive pressentimentos/6º sentido, nem sei como lhe chamar.
Eu já conheci alguém que me disse que tinha boas energias e que eu era do bem.
Eu já perdoei a uma amiga por se ter “enrolado” com um (ex) namorado meu.
Eu já apanhei um escaldão.
Eu já tive um princípio de pneumonia, porque bebi tantos shots que depois me senti mal, molhei-me e fui apanhar ar em pleno inverno.
Eu já tive o sarampo duas vezes.
Eu já fiz várias reclamações.
Eu já pensei em ser freira.
Eu já contei muitas anedotas.
Eu já parti de propósito loiça com nervos.
Eu já estou farta do inverno.
Eu já fiz muita gente feliz.
Eu já tive medo do meu pai.
Eu já caí vestida numa piscina. Lol
Eu já fui chamada de chata por falar demais.
Eu já dormi até às 6 da tarde.
Eu já organizei um baile de finalistas (12º ano).
Eu já tive vontade de fugir.
Eu já vesti mini-saia.
Eu já decidi que vou ao “Super Bock Super Rock” ver os The Killers.
Eu já comprei muitos livros.
Eu já comprei cremes anti-rugas.
Eu já fui confidente, de amigos e de amigas.
Eu já guardei muitos segredos.
Eu já me vesti de pai Natal.
Eu já pensei que tenho que pintar o cabelo, começam a aparecer os brancos.
Eu já andei à chuva, só porque sim.
Eu já conduzi sem carta, à noite, numa aldeia.
Eu já perdi 5 óculos de sol e vários chapéus-de-chuva.
Eu já comi a minhoca daquela bebida alcoólica, o Mescal.
Eu já vi um familiar ter um AVC.
Eu já tenho a certeza que tenho anjos da guarda sempre comigo.
JÁ CHEGA.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

16 coisas sobre mim

Ideia tirada daqui "http://obarulhodacascata.blogspot.com/"

Interessante !

1- Tenho o coração grande. Nos dois sentidos. Na adolescência descobri que tinha o coração “muito grande para a idade”. Aconselharam-me a não praticar nenhum desporto ou actividade física que exigisse grande esforço diário. Sendo o coração um músculo, teria tendência a crescer se fosse muito estimulado.

2- Por falar em desporto, já joguei basquetebol e tinha também uma verdadeira adoração por bicicletas. Nunca parti um osso (apesar de ter caído tantas vezes na infância, adolescência e às vezes ainda hoje.)
Aprendi a andar de bicicleta aos 8 anos numa bicicleta de uma amiga, num domingo de inverno. Rasguei as meias e a saia, esfolei os joelhos e ainda tenho a cicatriz, levei raspanete da minha mãe, mas foi dos dias mais felizes da minha vida.

3- Hoje também ando de bicicleta, mas numa de chão. Pratico yoga. Pinto telas, 4 até hoje (expostas na minha sala).

4- Nunca soube o que “queria ser quando fosse grande”. Sou daquelas pessoas que se “encaixava” facilmente em qualquer profissão. Já trabalhei num salão de cabeleireira e apanhei fruta (ambas nas férias da escola e até aos 18 anos). Já fui fotógrafa e administrativa. Tenho uma paixão por política, apesar de ter entrado em Gestão de Recursos Humanos e onde só fiz 2 anos. Mudei para Serviço Social, a minha verdadeira vocação.

5- Os meus medos são o meu único inimigo. No entanto, consigo (estou a aprender a conseguir) a afastá-los para longe. Medo de morrer hoje; medo de não realizar sonhos; medo de aves; medo de elevadores cheios de gente; de ter um acidente; medo que o meu filho caia e se magoe; medo da solidão; medo de não conseguir salvar as pessoas; medo do poder. Medo de não conseguir não ter medo.

6- Nem com a pior tortura chinesa, japonesa, da CIA, do FBI me conseguem “arrancar” um segredo. Detesto o “diz que disse” e a indiscrição. Confiança e lealdade é o mais admiro em mim e nos outros.

7- Gostava de ser mais impulsiva. Penso de mais e hajo de menos.

8- Sonho que vou escrever um livro; mostrar os meus quadros numa exposição; fazer um programa de rádio; que vou ter um jardim com flores, frutas e legumes por mim semeados, tratados e colhidos; que vou ter mais 2 filhos; que um dia vou passar muitos dias em África; sonho que vou à ópera a Paris ou a Viena, depois de um jantar fantástico e romântico e com um belíssimo vestido; sonho que vou correr (outra vez) naquele campo cheio de malmequeres numa tarde quente de primavera; sonho com politica e comigo lá.

9- Sou bem disposta, tenho sentido de humor. Não guardo rancor nem grandes mágoas mas, não esqueço nada. Por vezes posso ser “menos boazinha” quando uso a minha pior defesa, o sarcasmo/ironia. Não suporto violência. Fico nervosa. Não sei como é possível resolverem-se certos assuntos à pancada.

10- Tenho memória de elefante. A longo prazo. Lembro-me de rostos, de acontecimentos, de roupas, de datas. Os cheiros também ajudam nas minhas memórias longínquas.

11- Não sou pontual. Tenho a mania que consigo fazer um milhão de coisas em 5 minutos e não gosto de deixar nada a meio. Sou distraída, vou facilmente, rapidamente e com frequência à lua.

12- Não gosto de atalhos. Sou paciente e boa ouvinte. Estou a aprender a reagir melhor às críticas. Raramente digo nunca. Fico furiosa se não cumprir algo que prometi.

13- O pior sentimento para mim é o arrependimento. Nunca digo “se fosse”, “se estivesse”. Prefiro arrepender-me pelo que fiz do que pelo que não fiz.

14- Desde que fui mãe sinto mais calor do que frio. Deixei de usar camisolas interiores. Deixei de ter o cabelo comprido, os caracóis “largos”agora não passam dos ombros, mas já tenho saudades deles compridos. Não uso saltos muito altos, porque com a minha altura e com a tendência para tropeçar, ainda fazia algum estrago complicado.

15- Há uns 5 anos escalei uma (semi) montanha rochosa com cerca de 6 metros, o pior foi quando cheguei ao topo…não consegui mexer-me…paralisei durante uns 10 minutos a tentar convencer-me que tinha que a descer…nunca senti tanto medo na minha vida. Tenho vertigens, não gosto de agulhas (então as das tatuagens…ai ai), só olhei para a minha cicatriz da cesariana 3 meses depois de ter sido feita… Mas assim no momento, tenho sangue frio. Sou daquelas pessoas que não entra em pânico num acidente, por exemplo.

16- Fico feliz com o cheiro da primavera; o cantar dos pássaros; com as gargalhadas do meu filho; passear na praia; receber família e amigos em casa e cozinhar para eles; com um bom petisco, quando dou a mão ao meu marido antes de adormecer; quando me fazem surpresas.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

declaração de amor

Hoje a caminho do colégio tivémos que fazer um desvio, porque andavam a arranjar uns passeios lá numa rua.
Eu detesto desvios e detesto andar por sitios onde não conheço, comecei a falar sozinha,chateada.

"Mãe ! O que foi ?"

"São os senhores que estão a arranjar os passeios, temos que ir por ali"

"Tás zangada?"

"Um bocadinho"

"Quando ser grande vou arranjar passeios para ti e tu podes passar por ali, está bem?"

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Não pode chover sempre

Estamos em casa. Ontem teve febre e está com uma tosse que aflige. Hoje parece-me bem melhor. Pela primeira vez na sua vida não dormiu a sesta. Está desde que o deitei (às 14.00h) a dizer "mãeeeeeeeeee já domiiiiiiiiiiiii". Acabei por desistir. Agora está aqui a brincar perto de mim, com os piratas e o barco e as bolas e os carrinhos.

Ontem antes de adormecer, ao contrário de uma história como de costume, pediu-me que cantasse uma música. Cantarolei esta, quando era bebé e estava mais inquieto era esta que lhe cantava.
Uma das minhas bandas sonoras preferidas é a do filme "O Corvo" e esta é uma música apropriada para este dia. "It won´t rain all the time" de Jane Siberry.

"We walk the narrow path
Beneath the smoking skies
Sometimes barely tell the difference
Between darkness and light
Do we have faith in what we believe?
The truest test is when we cannot see

I hear pounding feet in the streets below
And the women crying and the children know
That there's something wrong
It's hard to believe that Love will prevail

It won't rain all the time
The sky won't fall forever
And though the night seems long
Your tears won't fall forever

When I'm lonely I lie awake at night
And I wish you were here, I miss you
Can you tell me
Is there something more to believe in?
Or is this all there is?

And the pounding feet in the streets below
And a window breaks and a woman falls
There's something wrong
It's hard to believe that Love will prevail

It won't rain all the time...

Last night I had a dream
You came into my room
You took me into your arms
Whispering and kissing me
And telling me to still believe
(Within the emptiness of
The burning cities against which
We set our darkest of selves)
Until finally I felt safe and warm
I fell asleep in your arms
And when I awoke I cried again
For you were gone
Can you hear me?

It won't rain all the time..."

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

assim assim como o tempo

Descobri que a betoneira do Bob o construtor se chama "Beta"...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

a new earth

Isto não é publicidade, é uma feliz coincidência.
Há uns dias vi a Oprah a falar deste livro e fiquei com vontade de o ler.
Hoje, uma amiga enviou-me isto por email...

"(…) O nosso propósito interior é despertarmos. É tão simples como isso. Partilhamos este propósito com todas as outras pessoas à face da Terra, pois este é o propósito da Humanidade. O nosso propósito interior constitui uma parte essencial do propósito do todo, do Universo e da sua inteligência em movimento. O nosso propósito exterior pode mudar com o tempo, e varia muito de pessoa para pessoa. Encontrar e viver em sintonia com o nosso propósito interior é a base para podermos alcançar o propósito exterior. É a base para o verdadeiro êxito. (…)"

Um Novo Mundo

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Rinite alérgica

É isso que o meu menino tem. Rinite alérgica.
Nada que não me tivesse já passado pela cabeça, mas agora foi diagnosticado pelo Otorrino.
"Com três anos não é aconselhável operar, até porque eles nesta idade reagem muito bem aos tratamentos", segundo ele.
O tratamento passa por bastante água do mar, gotas e spray no nariz e uma vacina bebível para estimular as defesas e nova consulta em Outubro.
Ele é o único que tem escapado a esta onda de "doenças da época" que têm passado por casa.
O pai esteve de cama na semana passada, a mãe anda constipada há dois meses ...

Na consulta deixou o médico fazer tudo, ia perguntando "Que tás a fazer?", o médico explicava.
"Sabes xôr dotor, eu tenho uma mala do xô dotor, e vejo o nariz e os óvidos da mãe"
"Ai tu é o doutor da mãe?"
"Não ! É só a fingir, sabes?"

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Tempestade

Graças ao comentário luminoso do meu último post, entendi o que se passa.
Vou esperar, esperar que sozinha consiga voltar.

Pode parecer estúpido, mas eu estranho a bonança.
Depois de muito pensar, apercebo-me que lido melhor com as tempestades do que com as bonanças.

Não sou de me queixar, é certo. Mas em tempos de reflexão, como têm sido estes, cheguei á conclusão que a minha vida não tem sido fácil, remo constantemente contra a maré, arranjo forças não sei onde, e sorrio, sempre.

Agora que está tudo a entrar nos eixos, sinto-me deprimida. Estranho, não ?
Ou então sou mesmo assim...não sei lidar com estabilidade, já a minha avó dizia. Quem não tem problemas inventa-os...
Não será assim certamente, mas é assim que entendo o meu estado de espirito e claro, é uma maneira descarada de esconder mais uma vez medos, fraquezas...